O presidente da APAS, Ronaldo dos Santos, participou na tarde desta quarta-feira (22) do LIDE TALKS, rodada de conversa com empresários para falar sobre o tema “Impacto no setor supermercadista e seu papel no abastecimento”. Além do presidente da APAS, participou também Stéphane Engelhard, vice-presidente de Assuntos Institucionais do Grupo Carrefour Brasil. Os mestres de cerimônia da transmissão foram Marcos Gouvêa, presidente do LIDE Comércio e João Doria Neto, diretor-executivo do Grupo Doria.
Ronaldo dos Santos deu um panorama de como os supermercados paulistas se prepararam desde o início da pandemia do novo Coronavírus e também de que forma os consumidores se comportaram com suas compras nos estabelecimentos. Ronaldo destacou que a APAS preparou peças de divulgação e materiais específicos para orientar os associados no combate ao Covid-19.
O presidente da APAS ainda explicou o porquê dos preços estarem mais altos nas gôndolas, reforçando a campanha da entidade em recomendar que seus associados não aumentem a margem de lucro durante esse período. Ele salientou a aproximação da entidade junto ao Procon, à Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, para evitar práticas abusivas de aumentos injustificados de preços pelos fornecedores do setor.
Sobre quando a situação voltará ao normal, Ronaldo acredita que vai depender mais da questão da saúde, de como estará a capacidade hospitalar daqui pra frente. E garantiu que é essencial agora garantir a segurança dos colaboradores nesse período.
Stéphane Engelhard exemplificou como tem sido a gestão das lojas do grupo Carrefour durante esse período. Falou das dificuldades mais evidentes, como as operações da lojas de conveniências, em contrapartida aos resultados positivos das compras online, com crescimento de até cinco vezes se comparadas ao período anterior ao início do isolamento social. O executivo ainda explicou que a as lojas do grupo na Europa tiveram complicações maiores do que as do Brasil.
Stéphane acredita que os protocolos de higiene adotados em loja vão se manter até que se disponibilize uma vacina ou remédio contra a Covid-19. “Isso irá impactar nas vendas das lojas por tempo ainda indeterminado. Haverá demanda dos consumidores para garantirmos um ambiente saudável”, acredita ele que, apesar da crise, entende que é um momento para descobrir melhorias e oportunidades nos estabelecimentos.